Em “pause”
Um certo dia, na Damaia, a uma esquina, um grupo de amigos, aproveitando o encontro furtuito num final de tarde, punham a conversa em dia. Um amigo recém-chegado dos Açores, para onde tinha ido há dois ou três anos, para a força aérea, depois de enumerar as suas “façanhas” nesse “emprego” ao qual tinha “aderido” voluntariamente à força por “sugestão” familiar, terminou o relato dos seus “feitos” ou “conquistas”, durante esses dois ou três anos, por essas paragens, anunciando que tinha comprado uma bicicleta e, no seu ar de triunfo, de orgulho, via-se na sua cara, o que lhe ia na alma: Isso mordam-se para aí de inveja deste vosso amigo que nestes últimos tempos, para além do bom “emprego”, da boa posição na vida, até já consegui-o ter uma bicicleta!
Este nosso amigo “sofria” de uma “pequena enfermidade”, pelos vistos, muito comum a quem deixa durante uns tempos o seu círculo de amigos ou de conhecidos, pois, enquanto para ele, o tempo passou e lhe trouxe as suas conquistas, entretanto, também para ele, os amigos, dois ou três anos depois, estavam como ele os tinha deixado.
Só Por acaso, não é que os bens materiais servissem ou sirvam para medir alguma coisa, mas os amigos, há muito que tinham abandonado as suas bicicletas de outrora, de criança e, a maior parte deles já tinha o seu automóvel! Claro está que, visto num prisma ecológico, o amigo da força aérea, até estava muito à frente deles. Mas infelizmente para o amigo aéreo, a opção da compra desse veículo de locomoção, passou mais por critérios ligados ao vil metal!!