A Pedra
… Bom, voltemos às “lutas” com o meio físico começando pela “Pedra”, que verdadeiramente - peço desculpa à pedra - não tem história nenhuma, como aliás irão verificar os pacientes leitores. Era uma pedra “enorme” que hoje, mal me daria pelo joelho, cinzenta e com o feitio de uma bola cortada ao meio que originalmente estava situada mais ou menos em frente à minha porta. Hoje, não sei se ainda anda por lá, mas nesse tempo a “desgraçada” parecia estar sempre no local errado. Passo a explicar: Naqueles momentos em que por falta de imaginação ficávamos a olhar uns para os outros, lá íamos nós “embirrar” com ela… começámos por achar que havia algo oculto por debaixo dela, uma entrada para um subterrâneo ou qualquer coisa do género, como tínhamos visto numa história aos quadradinhos. Então, cheios de energia lançávamos mãos à obra, mas após muito labutar, que desilusão! Por debaixo dela apenas havia terra e alguma minhoca perdida ou um aranhiço fugidio! Talvez devido a essa partida inicial que a pedra nos pregou, não lhe perdoámos mais e para ali ficou deitada de lado. E ela, talvez por vingança, durante muito tempo parecia estar sempre entre nós e os nossos “projectos de melhoramento” dos nossos “domínios”. Portanto, apesar de a tarefa ser sempre árdua, é difícil dizer quantas vezes a “Pedra” mudou de sítio!
Continuaremos, no próximo capítulo, para mal dos nossos leitores, a falar de pedras e coisas assim, sem qualquer importância.